Dois casos de violência doméstica foram registrados em Toledo no último sábado, 24, mobilizando equipes da Polícia Militar (PM) em diferentes regiões da cidade. As ocorrências, envolvendo agressões físicas e ameaças contra mulheres, revelam a persistência de situações de vulnerabilidade e violência dentro do ambiente familiar.
A primeira ocorrência foi registrada por volta das 17h10, no Jardim Coopagro. Uma mulher acionou a Polícia após ser agredida pelo próprio filho dentro de casa. A vítima aguardava a chegada da equipe na rua, temendo novos ataques. De acordo com o relato, o filho invadiu o seu quarto, a agrediu com socos e empurrões, fez ameaças e quebrou diversos objetos da residência. Ela ainda relatou que esse tipo de comportamento violento por parte do autor é recorrente. Diante da gravidade dos fatos, a equipe policial deu voz de prisão ao agressor e o encaminhou à 20ª Subdivisão Policial de Toledo (20ª SDP), acompanhado da vítima, para a adoção das providências legais cabíveis ao caso.
O segundo caso ocorreu cerca de uma hora depois, por volta das 18h30, no Jardim São Francisco. A Polícia Militar foi acionada via Central de Operações (Copom) para atender a uma denúncia de possível violência doméstica. No local, uma jovem de 18 anos relatou ter sido agredida pelo padrasto, de 45 anos, durante uma discussão. Segundo a vítima, o homem lançou um objeto contra ela, a xingou, a derrubou no chão e iniciou agressões físicas que resultaram em lesões no dedo mindinho da mão direita. Abalada, ela relatou que esse tipo de situação já havia acontecido antes. O suspeito, que alegou ter repreendido a enteada por ela ter ficado fora de casa e por suspeitar do uso de entorpecentes, se recusou a colaborar com os policiais, desobedecendo ordens e exigindo o uso moderado da força e de algemas, conforme a Súmula Vinculante de Nº 11 do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele apresentava sinais claros de embriaguez, como odor etílico e fala desconexa.
Em ambos os casos, os suspeitos foram detidos e conduzidos à Delegacia para a adoção dos procedimentos legais. A vítima do segundo caso foi orientada sobre o direito de solicitar medidas protetivas, com base na Lei Maria da Penha, para garantir a sua segurança.
As ocorrências reforçam a importância da denúncia e da atuação das forças de segurança na proteção das vítimas de violência doméstica, além da necessidade de apoio contínuo por meio de políticas públicas e redes de acolhimento.