Uma investigação de um ano conduzida pela 20ª Subdivisão Policial de Toledo culminou, nesta terça-feira (22), na deflagração da Operação Hydra, uma das maiores ações contra o tráfico de drogas já realizadas na região. A ofensiva desarticulou uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 4,3 milhões e resultou no cumprimento de 65 mandados judiciais em oito cidades do Paraná e Santa Catarina.
Coordenada pela Polícia Civil de Toledo, com apoio do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON) e da Polícia Militar, a operação mobilizou cerca de 150 agentes de diveras forças de segurança, com várias viaturas e helicópteros, para cumprir 34 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão. Ao todo, 30 pessoas foram presas. As ações ocorreram em Toledo, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Irati e Ponta Grossa, além de Itajaí (SC).
As investigações, iniciadas a partir de apreensões do BPFRON, mapearam uma estrutura criminosa hierarquizada. Segundo os delegados de Toledo, Alexandre Macorin e Rodrigo Baptista, o grupo contava com líderes, seguranças e uma rede de distribuição que chegava às "biqueiras" para a venda direta ao consumidor. A droga, proveniente do Paraguai, entrava no Brasil por Marechal Cândido Rondon e era rapidamente distribuída para outras cidades e estados.
Durante o inquérito, a polícia identificou que o grupo é suspeito de ter distribuído mais de uma tonelada de drogas. Uma das contas bancárias utilizadas para lavar o dinheiro, em nome da filha de um dos investigados, registrou sozinha a movimentação de R$ 4,3 milhões. O principal chefe da organização já havia sido preso anteriormente com mais de uma tonelada de maconha.
Em Toledo, quatro alvos foram detidos. A cidade de Marechal Cândido Rondon concentrou o maior número de mandados, com 20 alvos. As autoridades informaram que seis investigados continuam foragidos e as diligências prosseguem.