A Secretaria de Saúde de Toledo atualizou nesta sexta-feira (4) os dados referentes às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo o boletim informativo semanal, o município confirmou 1.158 casos de dengue desde o final de dezembro de 2024, além de registrar dois óbitos pela doença no período. Outros 194 casos ainda aguardam resultados laboratoriais.
O levantamento da pasta mostra que, somados aos exames negativos ou inconclusivos (4.299), os atendimentos por sintomas compatíveis com dengue – como febre, dores musculares, manchas na pele e cansaço – já somam 5.651 notificações em Toledo ao longo do atual ano epidemiológico. As duas mortes confirmadas reforçam o alerta das autoridades.
A primeira vítima é um homem de 75 anos, com comorbidades, que apresentou sintomas em 20 de março, foi internado seis dias depois e acabou falecendo em 3 de abril, após transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O segundo óbito é de um paciente de 83 anos, também com comorbidades, internado no dia 13 de maio e falecido três dias depois. Ambos estavam internados na rede suplementar.
O boletim também acende o sinal de alerta para a febre chikungunya, outra arbovirose transmitida pelo mesmo vetor. Até o momento, Toledo contabiliza 13 casos confirmados da doença, além de 19 descartados. Desde o início do ano epidemiológico, foram registradas 32 notificações com suspeita de chikungunya no município.
Apesar da queda nas temperaturas, o diretor de Vigilância em Saúde da SMS, Junior Palma, alerta que os cuidados básicos nos domicílios continuam sendo primordiais para coibir a reprodução do Aedes aegypti. “A maioria dos focos são vasos de planta e tonéis. Também pedimos o apoio dos moradores para que tire um tempo aí duas vezes por semana para olhar o seu quintal, até mesmo dentro de suas casas”, recomenda.
A SMS reforça que as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e outras doenças seguem intensificadas e pede o apoio da população para ampliar a eficácia das visitas domiciliares feitas pelos agentes de combate a endemias (ACEs). “Solicitamos que a população colabore permitindo a entrada dos agentes em suas residências. Infelizmente, ainda há casos de resistência por parte de alguns moradores, mesmo sendo esses profissionais capacitados e tecnicamente preparados para identificar possíveis riscos e orientar sobre as medidas de prevenção”, salienta.