A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Toledo realizou, na quarta-feira (20), uma manifestação na Praça Willy Barth contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7796. A medida pode levar ao fechamento da entidade, que atende aproximadamente 250 alunos com deficiência. Participaram do ato estudantes e profissionais da instituição.
Representantes da Apae já haviam solicitado em maio o apoio do Executivo Municipal contra a ADI, que busca invalidar as leis estaduais nº 17.656/2013 e nº 18.419/2015. Esses dispositivos reconhecem e asseguram o apoio do Estado do Paraná à modalidade de educação especial promovida por entidades filantrópicas, como as Apaes.
O prefeito Mario Costenaro demonstrou apoio à manutenção da educação especial. “O Paraná está pagando por ser um Estado estruturado, pois somos o único estado com leis aprovadas regulamentando as escolas especiais. A inclusão é uma escolha dos pais. É importante que o Estado ofereça essa possibilidade de uma inclusão estruturada”, afirmou.
A diretora da Apae de Toledo, Lucimar Recalcatti, destacou que se não fossem as Apaes, os alunos com deficiência certamente estariam fora do processo educacional. “Cada pessoa tem uma necessidade diferente e os alunos que estão na Apae, realmente precisam desses atendimentos especializados. Seria impossível estarem incluídos no ensino regular”, salientou.
Lucimar enfatizou o gosto dos alunos pela Apae. “Eles amam a Apae. Nos dias em que não tem escola eles ficam muito chateados. Nas férias tem alunos que pedem para os pais irem até a Apae para ver se realmente está fechada. É uma alegria muito grande, porque lá eles são acolhidos”, acrescentou.
A diretora ainda reforçou que, na instituição, os alunos têm todas as disciplinas do ensino regular adaptadas para a realidade da Apae. “Lá eles tem educação física, aula de artes, todas as matérias, porém, como os currículos adaptados e com flexibilizações necessárias para cada um”, concluiu Lucimar.
