A Secretaria de Saúde de Toledo (SMS) divulgou nesta quinta-feira (10) os resultados do quarto Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. Realizado entre os dias 7 e 8 de julho, o levantamento apontou um índice de infestação predial (IIP) de 0,7%, resultado significativamente inferior ao registrado na edição anterior do estudo, em maio (2,1%).
A queda de 66,67% confirma a tendência de redução na presença do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. A metodologia, preconizada pelo Ministério da Saúde, sorteou aproximadamente 2.500 imóveis em todos os bairros da cidade, que foram vistoriados pelos agentes de combate às endemias (ACEs).
O índice atual está abaixo do limite considerado de alerta pelos organismos nacionais e internacionais de saúde, que é de 1%. Apesar do resultado animador no panorama geral, alguns bairros ainda apresentaram altos índices de infestação: Santa Clara III (11,11%) lidera a lista, seguido de Rossoni I (5%), Croma II (4,76%), Pinheirinho (3,92%) e São Francisco III (3,03%). Os focos do mosquito foram encontrados principalmente em baldes, plantas aquáticas, lixo doméstico e ralos.
De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado na sexta-feira (4), Toledo já confirmou 1.158 casos de dengue em 2025 – 34 a mais do que na semana anterior, o que representa crescimento de 3,02% em relação ao boletim anterior. Ainda há 194 casos em investigação, enquanto 4.299 foram descartados ou considerados inconclusivos entre os 5.651 registros notificados desde o início do ano – a situação em relação à febre chikungunya também demanda cuidados, pois Toledo tem 13 casos confirmados da doença.
Para o coordenador do Setor de Controle e Combate às Endemias, Antônio José Sousa de Moraes, os números positivos do LIRAa devem ser interpretados com cautela. “Mesmo no inverno, com temperaturas mais baixas, o mosquito continua circulando e se reproduzindo. Por isso, é fundamental manter os cuidados preventivos durante todo o ano”, alerta. “A queda do índice de infestação é um sinal de que as ações conjuntas estão surtindo efeito, mas a guerra contra o Aedes aegypti jamais acaba. Estamos monitorando o quadro epidemiológico e agora vamos focar nossas ações nos bairros com maior índice, como remoção de criadouros, tratamentos e orientações educativas”, relata.